sábado, 22 de maio de 2021

37: Os 7 «Princípios» do Homem

Os 7 Princípios do Homem

(Veículos do "Cosmos" Humano)



      IMAGEM DAS AURAS HUMANAS:

Cores genéricas: forma geométrica específica do ovóide áurico geral.
Auras
dos 7 Princípios/Corpos/Veículos do ser humano apresentadas com um grande realismo, alusivamente aos Seres mais evoluídos.


PRINCÍPIOS, VEÍCULOS OU CORPOS E COLORIDOS DA AURA:
1.º PRINCÍPIO: "CORPO" ESPIRITUAL OU ÁTMICO:
Na imagem das auras, que mostramos, a cor mais periférica, de colorido magenta rosado, refere-se ao 1.º Princípio:  Pai − Corpo Espiritual ou Átmico (Verbo), onde está radicada a Força da Vontade, o Poder criador, a Força da Coragem, a Beleza cósmica e a Criatividade da Arte pura e transcendental. É este Princípio que exprime a Vontade de Deus dentro do Ser humano. Não se confunda com o desejo, que é tipicamente energia astralina, psíquica, instintiva, muitas vezes geratriz dos vícios, paixões e corrupções de que este mundo enferma e que aprisiona tantos.
2.º PRINCÍPIO: "CORPO" INTUICIONAL OU BÚDICO:
A cor seguinte, em direcção ao interior das auras humanas, de natureza cromática azul ciano (azul celeste) exprime o 2.º Princípio do Espírito e da Santíssima Trindade: Filho − Corpo Intuicional ou Búdico (Cristo, que não é o Mestre Maitreya), donde vem o Amor cósmico, espiritual, incondicional, universal e divino. Este Princípio é o chamado Cristo interno, Cristo interior, Cristo intuicional, Cristo espiritual, Imaculado Coração, Santo-Ser-Crístico, o Filho de Deus.
3.º PRINCÍPIO: "CORPO" RACIONAL OU CAUSAL.
A cor dourada, a seguir, dentro dessas e interpenetrando-se todas elas, exprime a tónica cromática do Espírito Santo (Razão Pura) − Corpo Racional ou Causal; ou seja, o Eu Superior, Eu Sou (Lógos), que nos confere a Sabedoria espiritual, a Verdade lógica, o Raciocínio superior, o Discernimento correcto e a Justiça verdadeira. Este Princípio possui uma Memória transcendente, de poder de fixação fantástico, e é a Sede verdadeira da nossa Imortalidade espiritual e consciencial.
4.º PRINCÍPIO: CORPO INTELECTUAL OU CORPO NOÉTICO.
Mais para o interior está outra aura, amarelo-alaranjada, que define o colorido genérico da mente concreta ou inferior − corpo intelectual ou noético, o intelecto ou ego (denominado "lúcifer" pela Sabedoria, mas não como convencional Diabo), gerador de ideias e pensamentos, operador-alma da personalidade, manifestando-se através do cérebro físico, que é o computador-máquina, cuja dicotomia ou dualidade, quando não espiritualizada e cristificada, quando não serve o Cristo interno, espiritual, é a causa geratriz de todas as dúvidas analíticas e todos os conflitos e guerras do mundo.
5.º PRINCÍPIO: CORPO ASTRAL OU CORPO PSÍQUICO:
Dentro dessas auras está ainda outra, avioletada, que exprime a característica cromática geral do − corpo astral ou psíquico: psicossoma ou instinto, segundo a Ciência, e a nossa herança humana, biogenética e filogenética, trazida do reino animal. É denominado Besta, segundo o Apocalipse de S. João; Satã/nás ("Satan", heb.), Demónio ("Daimónion", greg.) ou Diabo ("Diábolos", greg.), pelas religiões (e constitui um símbolo, mas não só, para a Sabedoria), com desejos, emoções, sentimentos e memória.
6.º PRINCÍPIO: CORPO ETÉRICO OU CORPO VITAL.
Ainda mais por dentro (mais em termos vibratórios), está a última aura, de cor esverdeada, correspondente ao − corpo etérico ou vital; zooéter, élan vital, etc., que  está em contacto directo com o corpo físico, formada por gases ionizados (matéria com carência de electrões) ou matéria plásmica (bioplásmica ou ectoplásmica) e que a máquina "kirlian" já consegue fotografar em cores, antes apenas dos domínios das frequências dos ultravioletas. É este Princípio a sede da vitalidade (prana ou biomagnetismo) do corpo físico, transfundindo-a através dos chacras (os redemoinhos de energia vital) e controlando todo o sistema nervoso e glandular.
7.º PRINCÍPIO: CORPO FÍSICO OU CORPO BIOLÓGICO.
Finalmente, aparece a manifestação do Homem sobre a terra física, material, com o seu corpo físico ou biológico; corpo material, corpo denso, corpo carnal, hilossoma, etc., o Princípio mais baixo (vibratoriamente) e mais denso da totalidade do "cosmos" do ser humano, com a Consciência do Espírito multiplamente refocalizada na alma até se projectar na exterioridade da matéria, pelo coração, pelo cérebro, pelo sistema nervoso e pelos 5 sentidos.

COMENTÁRIOS: AURAS HUMANAS DA ALMA E DO ESPÍRITO:
O Homem, como alma humana e o Espírito que ele é, exactamente, como Realidade Ontológica, como Ser Real ou Individualidade Espiritual, é um complexo integrado de campos electromagnéticos de forças múltiplas corporificados em várias Dimensões espirituais ou Planos Cósmicos de existência, e imerso em Mundos de Luz ou submundos de trevas de acordo com a sua correcta ou errada maneira de viver na Terra, respectivamente.
Do entrechoque das polaridades dessas correntes de energias vitais ou biomagnéticas da alma formam-se centros de força ou vórtices dinâmicos, os denominados «chacras», que rodopiam continuamente, em movimentos espiralados, presidindo ao fluxo  revitalizante (ectropia, oposta à entropia)  da entrada contínua de energia vital que é "bombeada" do Mundo Astral para o corpo físico, através dos corpos astral e etérico. Os chacras ligam-se aos sete plexos, especificamente, e às sete glândulas principais do organismo, regulando ou desregulando toda a bioquímica orgânica.
Grande parte das forças da alma condensa-se perfeitamente na periferia do corpo, numa réplica, sósia ou duplo exacto deste, formando tal condensação bioenergética o núcleo da alma, sobressaindo-se esta além da periferia daquele, de centímetros a alguns metros, como uma nuvem ovoidal na sua parte mais irradiante chamada “aura”, que é esse campo electromagnético vital que integra as partículas da forma biológica, conservando-lhes a coesão celular, tecidual e orgânica, mantendo a regularidade fisionómica e anatómica e, de certo modo, a unidade consciencial.
A alusão a esses Planos Cósmicos ou Mundos Espirituais foi uma constante de todos os povos da Terra, de modo mais ou menos especificado e hierarquizado, segundo o conhecimento intrínseco, esotérico de que esses povos eram detentores. Entre a Sabedoria multimilenária dos egípcios já eram considerados os vários corpos do Homem: khat, bah, khaba, kha, Sab, Putah e Atmú, e vários Mundos da vida no Além. Também a Filosofia esotérica da Índia os distinguia muito claramente e com uma precisão meticulosa, nos meandros do budismo profundo, do hinduísmo secreto ou do lamaísmo oculto do Tibete, por exemplo.
Os hindus e budistas há muito que criaram nomenclaturas específicas para classificarem esses 7 Princípios humanos, tendo sido denominados com os seguintes termos sânscritos. O sânscrito era a linguagem clássica dos brâmanes,  o "latim" do Oriente, e considerada uma “linguagem de mistério”. Diz-se até que foi a primeira linguagem da Humanidade, sendo a língua dos Mistérios dos Iniciados da quinta Raça, a Ariana ou Adâmica.
Os Princípios trinitários e septenários gerais, que aqui apresentamos, são aceites também por toda a Sabedoria genuína do Oriente e divulgados pela Teosofia de H. P. Blavatsky (fundadora da Sociedade Teosófica, em Londres, na Inglaterra, e em Nova Iorque, E.U.A., em 1875). Vejamos em sânscrito as suas designações gerais que foram adaptadas, também, à Teosofia, originalmente criada a partir do budismo esotérico da Índia:
1.º ) "Atma" − "Corpo" Espiritual ou Átmico, o Verbo divino, do Princípio Vontade espiritual, com o Atributo do Poder, que gera a Força, a Coragem, a Autoridade, o Dinamismo, a Criatividade.
2.º ) "Buddhi" − "Corpo" Intuicional ou Búdico, a Intuição. "Buddhi" é o Cristo Interno, o Santo-Ser-Crístico, sede e Princípio do Amor universal, incondicional, crístico, transcendental e divino.
3.º ) "Manas Arupa" − "Corpo" Racional ou Causal (Mental Superior ou Eu, o Lógos, E. Santo ou Mãe Divina individual, que Maria representa (tal como à Mãe-Terra), o Princípio da Sabedoria.
4.º ) "Manas Rupa" − corpo intelectual ou corpo noético (corpo mental inferior, concreto, ou ego), o gerador dos pensamentos e a sede da inteligência. É também denominado a «mente animal».
5.º ) "Kama Kaya" − corpo astral ou corpo psíquico (instintual), Princípio da sensibilidade (desejos, emoções e sentimentos), o instinto herdado do reino animal, por onde passámos, há milénios.
6.º ) "Linga Sharira" − corpo etérico ou corpo vital (bioplásmico), o veículo específico da vitalidade física, das forças bioplásmicas ou de matéria ionizada que dão vida ao corpo denso.
7.º ) "Sthula Sharira" − corpo denso ou somático (biológico), síntese física, bioquímica e energética e holograma (tridimensional) por onde a Consciência espiritual se expressa na matéria (física).
Repararam que colocámos o termo "Corpo" entre comas, nos primeiros 3 Princípios do "cosmos" do Homem? Porquê? Porque, enquanto os outros 4 Princípios, até à mente concreta, são corporiformes, autenticamente, com forma semelhante à do corpo físico ou, melhor, corpo denso (com muitas excepções), os 3 Princípios Superiores são informes, sem forma definida, porque aí a Consciência está liberta das limitações morfogenéticas da forma (passe o pleonasmo!). Por isso, os orientais chamam "Manas Arupa", «Mente sem Forma», à Mente Abstracta, o 3.º Princípio: Racional, Causal ou Eu, e "manas rupa", «mente com forma», à mente concreta, o 4.º Princípio: mente intelectual, pensante ou ego.
Obedecendo à Lei hermética (de Hermes Trismegistus, o Grande Iniciado e Sábio do Egipto), que afirma: «Assim como é em cima, assim é em baixo», reparemos que, tal como no ser humano, também a Natureza está organizada segundo 7 Princípios fundamentais. E cada Princípio humano está em interligação directa e permanente, mais ou menos perfeita, com cada um desses Planos cósmicos. E cada corpo ou veículo dos 7 Princípios está "mergulhado" e é aí que vive no Plano respectivo a que pertence, muito embora a Consciência, que é Espírito, faça passar a Sua Luz superior através desses princípios da alma para o corpo.
Essa canalização dos Princípios da alma e do corpo denso é tanto mais perfeita ou mais bloqueada quanto maior ou menor for o grau de pureza do corpo biológico (na comida, na bebida, na respiração e na sexualidade) ou de materialidade, de viciosidade e de corrupção: com as drogas, os medicamentos, o álcool, tabaco, carnivorismo, glutonaria (gula), sexolatria, jogos viciados, etc., em que um ser humano viva, tal como os dias mais ensolarados ou mais cobertos de nuvens ou poluição atmosférica permitem uma maior ou menor passagem dos raios solares através da atmosfera.
E tal como os dias se tornam mais límpidos e luminosos com menos vapor e fumos na atmosfera, assim também as almas ao se purificarem de desejos baixos, instintivos e viciados, emoções desequilibradas e doentias, maus e egocêntricos sentimentos e de pensamentos malévolos e materialistas, e passarem a viver a vida pura, superior e disciplinada na Espiritualidade, tornam-se canais também cada vez mais transparentes e perfeitos da exteriorização da Consciência divina sobre a Terra e nos Mundos do Além.
Note-se que cada Princípio do Homem está sempre em comunicação vibratória directa com o Princípio imediatamente superior, donde recebe estímulos vibratórios, endogenamente, e com o imediatamente inferior ao qual envia reflexos vibratórios, e donde recebe impulsos, exogenamente. Os diversos Princípios não possuem, assim, uma natureza de compartimentos estanques, separados completamente entre si, mas interligam-se em contínuas interinfluências vibratórias como "invólucros" que se interpenetram completamente uns aos outros, não estando dispostos em camadas que lembrem remotamente as da cebola.
Mas deixemos "falar" H. P. Blavatsky, A fundadora da Teosofia. No Glossário Teosófico escreveu: «Há diversas classificações dos princípios humanos. Em primeiro lugar, temos a vulgaríssima e elementar divisão binária em corpo e alma, sus­tentada ainda hoje por grande número de psicólogos ortodoxos, apesar da divisão terná­ria em corpo, alma e Espírito, claramente expressa por São Paulo (I Tessalon., V, 23; r/e-br., IV, 22) e por vários Santos Padres (Orígenes, São Clemente de Alexandria, etc.). Temos, depois, a divisão quaternária, segundo o sistema Târaka-Râja-Yoga, baseada nos quatro estados principais de consciência do homem, isto é: estado de vigília, estado de sono com sonhos, de sono profundo sem sonhos e de êxtase transcendente, que corres­pondem respectivamente aos quatro princípios humanos: corpo físico, alma animal e in­telectual, alma espiritual e Espírito».
E Blavatsky continua, na mesma obra: «Há também a divisão quinaria ou vedantina, que considera no homem cinco koshas ou invólucros chamados de: Annamaya Kosha (ou corpo físico), Prânamaya Kosha (que compreende o princípio vital ou Prana e o duplo etéreo ou corpo astral), Manomaya Kosha (alma animal e as porções inferiores do Manas ou princípio intelectual), Vijnânamaya Kosha (alma intelectual ou essência mental) e Anandamaya Kosha (alma espiritual ou Buddhi). Nesta classificação não está incluído o Atman, que, por ser universal, não é considerado pelos vedantinos como princípio huma­no».
Há, finalmente, a classificação esotérica ou, melhor dizendo, semi-esotérica, chama­da septenária, cujos sete princípios, começando pelo superior, são geralmente enumerados da seguinte maneira:
«1.º ) Atman (Espírito); 2.º ) Buddhi (alma espiritual); 3.º ) Manas (mente ou alma humana); 4.º ) Kâmarûpa (alma animal, local dos instintos, desejos e paixões); 5.º ) Prana (vida, ou seja, a porção de Jiva de que o corpo físico se apropriou); 6.º ) Linga-sharira (corpo astral ou duplo etéreo, veículo da vida) e 7.º ) Sthula-sharira (o corpo físico modelado sobre o Linga-sharira). (Doutrina Secreta, I, 177 e II, 627). A rigor, só devem ser considerados seis princípios, porque o Atman ou Atma não deve ser tido como tal, uma vez que é um raio do TODO Absoluto e é a síntese dos outros “seis”. (Ibid., 1,252, 357)»...
«Porém, falando em linguagem estritamente esotérica, o homem, como unidade completa, é com­posto de quatro Princípios fundamentais e dos três Aspectos deles nesta Terra. Nos ensi­namentos semi-esotéricos, estes quatro e três foram denominados de sete Princípios fun­damentais e são: 1.º ) Átman ou Jiva, “Vida única” que impregna o Trio Monádico (Um em Três e Três em Um); 2.º ) Invólucro áureo, assim chamado porque o substratum da aura que envolve o homem é o universalmente difundido, Akâza primordial e puro, a pri­meira película na ilimitada extensão do Jiva, a imutável Raiz de tudo; 3.º ) Buddhi, porque este é um raio da alma espiritual universal (Alaya) e 4.º ) Manas (o Ego superior), porque procede do Mahat, “Grande Princípio” ou Inteligência cósmica, primeiro produto ou emanação do Pradhana (ver esta palavra), que contém potencialmente todos os gunas (atributos)».
«Os três Aspectos transitórios produzidos por estes quatro Princípios funda­mentais são: 1.º ) Prana, alento de vida. Com a morte do ser vivo, o Prana volta a ser Ji­va. Este aspecto corresponde ao Atman. 2.º ) Linga-sharira ou Forma Astral, emanação transitória do Ovo ou Invólucro áureo. Esta forma precede a formação do corpo vivo e, depois da morte, adere-se a este, dissipando-se apenas com o desaparecimento do último átomo (excepção feita ao esqueleto). Corresponde ao Invólucro áureo. 3.º ) Manas inferior ou Alma animal, reflexo ou sombra do Buddhi-Manas, tendo a potencialidade de ambos, porém geralmente dominado por sua associação com os elementos do Kama. Este as­pecto corresponde aos Princípios fundamentais Buddhi e Manas».
«Qualquer que seja o homem inferior, o produto combinado dos dois aspectos fisicamente, de sua Forma as­tral, e psicofisiologicamente do Kâma-Manas não é sequer considerado como um as­pecto, mas como uma ilusão (Doutrina Secreta, III, 493, 494). Os sete Princípios hu­manos da constituição septenária correspondem aos sete Princípios cósmicos, a saber: Atma corresponde ao Logos não manifestado; Buddhi, à ideação universal latente; Kâma-rûpa, à Energia cósmica (caótica); Linga-sharira, à Ideação astral, que reflecte as coisas terrestres; Prana, à essência ou energia vital e Sthula-sharira, à Terra. (Ibid., II, 631)».
«Finalmente, nesta mesma classificação, os sete Princípios se agrupam em duas séries que, por um lado, constituem a Tríada Superior, ou seja, a Individualidade espiritual, perene, indestrutível, formada por Atman, Buddhi e Manas e, por outro lado, o Quater­nário inferior, ou seja, a Personalidade transitória e mortal, integrada pelos quatro Prin­cípios inferiores: o Kâma-rûpa, com a porção inferior ou animal do Manas; o Prana, o Linga-sharira e o corpo físico. O homem real e verdadeiro é o Manas superior; é a En­tidade que se reencarna, levando como rasto kármico as potencialidades boas e más de suas encarnações ou vidas anteriores. Quando o Manas se difundiu no Atma-Buddhi, o homem se converteu num deus».

     IMAGEM DO VÍDEO "OS SETE CORPOS DO HOMEM", DE: REALIDADE FANTÁSTICA


A SANTÍSSIMA TRINDADE:
As religiões do Hemisfério ocidental costumam falar do «Espírito Santo», embora sem saberem nada, verdadeiramente, sobre essa Realidade cosmoantropológica que habita bem dentro de todos nós.
O Espírito, como Realidade ontológica (do Ser), é o Princípio Consciencial trinitário, essencial e profundo (Santíssima Trindade), que é a nossa própria Consciência humana, o Ser Real que nós somos e, ao mesmo tempo, a Centelha divina e imortal, também chamada Tríade Superior, da qual faz parte a nossa Individualidade espiritual: Razão, "Ratio" (do latim) ou "Lógos" (do grego); Mente abstracta ou "Manas Arupa" (sânscrito); Eu Superior, Eu Maior, Eu Sou ou Eu Espiritual; Superego (da Psicologia), Corpo Racional, Corpo Causal (da Teosofia) ou Espírito Santo, da terminologia religiosa. A Religião também chama ao Eu Superior «Emmanuel», «Deus connosco» ou «Deus em nós» (ficaria melhor).
Erram as religiões quando falam de 3 Pessoas da Santíssima Trindade, se se entender pessoas no sentido literal. «Pessoa» significava, na semântica etimológica da evolução da linguagem latina, «máscara», do termo latino “persona”, formado a partir do prefixo “per" + “sonare", verbo que significava «soar» ou «ressoar» (da voz) através de (“per”)... − Alusão simbólica às máscaras (hoje usam-se maquilhagens) que eram usadas nas antigas comédias e tragédias do teatro grego e romano, através das quais ressoava a voz emitida pelos protagonistas dessas peças teatrais.
Mas essas denominadas "Pessoas" da Santíssima Trindade do Espírito são, de facto, 3 Princípios ou Aspectos «dinâmicos» (de Forças) conscienciais, com 3 Atributos ou Qualidades específicas, que são "Pessoas-Máscaras" ou Aspectos das 3 modalidades tricromáticas de expressão dessas Energias cósmicas trinas, que existem em manifestação na nossa Consciência, embora com um só foco incidente de Consciência ou Unidade consciencial, centralizada basicamente no Eu Superior, Razão, Individualidade espiritual ou Espírito Santo, no caso dos seres humanos. 
Segundo as crenças religiosas diversas deste Hemisfério ocidental, tem-se considerado, frequentemente, o Homem como um ser dual, composto apenas de corpo material e de alma espiritual. Porém, a Verdade da Tradição esotérica de toda a Sabedoria do Mundo ensina que o Homem é principalmente um ser trino, no seu todo ontológico, criado à semelhança da Divindade: concepção cosmoantropológica ainda simplista, embora, pois essa Trindade faz parte duma septenaridade de Princípios, veículos ou corpos que fazem do Homem um ser septenário, vivendo simultaneamente em vários Mundos e corporificado em vários Planos cósmicos, dentro de uma Natureza multidimensional, de Universos Paralelos, como dizem alguns.
Como Trindade, o Homem é constituído por: corpo, a parte densa, carnal, somática ou biológica, formada por sólidos, líquidos e gases; alma, a parte sobrevivente, etérico-energético-mental ou bioplásmica (vital), psíquica (astral) e intelectual (noética); e Espírito, a parte verdadeiramente espiritual e imortal, Sede dos três Atributos divinos (ou Santíssima Trindade) imanentes no Homem: Poder, Amor e Sabedoria. Por conseguinte, essa Tríade Superior não é formada por 3 “Pessoas”, segundo as concepções infantis das religiões, mas por 3 Forças cósmicas que em nós configuram o Espírito trinitário ou Tríade Superior, como também é designado.
Quando DEUS, o SER infinito, Criador de toda a Natureza Universal (tal como Deus, o Logos Solar, Criador deste Sistema planetário), procedeu à Sua Manifestação ou Existencialização em todo o Cosmos e no Universo, pela qual tudo surgiu na Criação inteira (Natureza total), criou um Plano e movimentou um Processo dinâmico-cinético, criando 3 Forças cósmicas criadoras originais e universais (a Santíssima Trindade primordial) que, em sucessivas combinações cosmodinâmicas, geraram, mais 4, delas derivadas, como as 3 cores primárias do arco-íris (vermelho magenta, azul ciano e amarelo dourado) geraram as 7, por combinações múltiplas. Os 7 Raios Cósmicos são essas Forças cósmicas e espirituais que, na sua básica Origem Essencial, são verdadeiras Consciências Macrocósmicas de Deuses de Poder e Glória tais que por nós, microcósmicos seres humanos, são completamente inimagináveis.
Os 7 Raios, citados em todo o Esoterismo da Sabedoria dos Mistérios Iniciáticos (teosóficos, no sentido lato), são forças cósmicas emanadas septenariamente da Essência Una do Ser Divino, que criou a multiplicidade das Consciências Logóicas, septenárias também, pelas quais todos os Seres e todas as coisas da Criação ou Natureza foram existencializados ou emanados para a Criação, a partir de 3 Forças originais: vermelho magenta, azul ciano e amarelo dourado, que originaram, por combinação e recombinação, as 7 cores primordiais e básicas do arco-íris.
Originalmente, todo o Cosmos e o próprio Universo foram criados septenariamente, a partir de Trindades múltiplas de forças cósmicas que, interagindo umas com as outras, geraram as 7 finais e a multiplicidade de todas as outras. Até no interior do átomo isso acontece, e todas as substâncias dos compostos moleculares da matéria são oriundas de elementos dos átomos que, por sua vez, são todos constituídos a partir de simplesmente, 3 partículas físicas básicas, geradoras de toda a matéria: electrão, protão e neutrão, em complexidade fantástica de inúmeras combinações múltiplas.
À semelhança das cores do arco-íris, na Criação universal da Vida as múltiplas Trindades das Forças cósmicas primárias, convertidas, inicialmente, em polaridades positiva e negativa e, depois, estabilizadas na terceira condição, neutra, geraram por interacção cosmodinâmica as outras 4 forças, como as 7 cores do arco-íris são derivadas sempre das três primárias. Essas sete Forças Cósmicas estão também na Base da criação das Consciências septenárias dos Logos Macrocósmicos ou Espíritos Siderais grupais, sempre associados, na sua macrocósmica evolução, em Grupos septenários pertencentes, cada um deles, a um ou outro Raio específico, no âmbito de toda a Criação Universal.
Vejam com atenção o diagrama das 7 cores do espectro solar, em recombinações, que, embora não tenha as cores dispostas como idealizamos (não fomos nós que o concebemos), dá uma ideia bastante aproximada do que estamos a transmitir sobre os aspectos criativos da origem das cores e dos 7 Raios. Substituam, na vossa mente, o magenta-rosado pelo vermelho-de-fogo e este pelo magenta e tereis o esquema ideal das cores. Há físicos e espectroscopistas que consideram o verde como cor primária, em vez do amarelo. Mas isso é um erro de concepção filosófica e hiperfísica sobre a fenomenologia dinâmico-cromática da Criação.



 As cores esotéricas típicas dos 7 Raios cósmicos da Natureza.

      
  Não queremos entrar em qualquer polémica com os espiritualistas e esotéricos em geral, que consideram os 7 Raios como tendo outras cores diversas. São livres de falar no 1.º Raio como azul, o 2.º como dourado e o 3.º como rosa, e considerarem o branco a "cor" de outro Raio. Não achamos assim. E talvez "ambos" tenhamos razão. Depende da perspectiva em que se observe os factos, como na fenomenologia da visão física. Mas vejamos: os Esoteristas sabem (ou deviam saber) que há a cor esotérica (oculta, não-manifestada) e a cor exotérica (exterior, manifestada).
Além disso, vejamos mais estes raciocínios:
1.º ) O nosso Saber acerca das cores dos Raios foi buscado e observado nas cores da Natureza, basicamente no arco-íris. Não será a Natureza o maior livro dos verdadeiros Sábios e Deus a Luz do Grande Sol Central que nos permite lê-lo com verdadeira racionalidade?...
2.º ) Não se pode considerar o branco como cor de nenhum Raio, porque não é uma cor, mas a síntese das 7 cores do espectro solar visível. E particularizá-lo é o mesmo que dizer que a única Igreja verdadeira é a católica, facto que hoje "já ninguém" aceita.
3.º ) Todas as cores têm as suas "oitavas" superiores e inferiores. Considerar o rosa a cor de um Raio (do 3.º Raio, como se diz) não é muito próprio, porque rosa é mistura de branco com magenta (rosa suave e puro) ou com vermelho de fogo ou sanguíneo (rosa velho).
4.º ) Em toda a Sabedoria arcana sempre se falou do Pentagrama dourado como símbolo da Sabedoria do Eu Superior e o "oiro" do Espírito ou o dourado do Espírito Santo é bem referido em muitas citações de grandes Sábios da Antiguidade.
5.º ) Embora saibamos que a Sabedoria começa no Amor-Sabedoria da Intuição, não esqueçamos que a Sabedoria é deflectida para a Mente Abstracta (Corpo Racional, Corpo Causal, Espírito Santo ou Eu Superior), que a filtra e canaliza para a mente concreta (intelecto ou ego), o chamado "manas rupa",  na terminologia do Oriente (Sânscrito: Índia).
6.º )  Sempre se disse que o Amor vem do coração e o chacra cardíaco tem uma cor tipicamente dourada (12 raios ou "pétalas" de ouro). Mas o Amor exterioriza-se em rosa puro (carmesim) no Amor ao próximo e lilás (violeta suave), no Amor a Deus, duas polarizações  (polarização cromática é mudança vibratória de cor) das virtudes do coração e não cores típicas deste chacra.
7.º ) Sabendo os Ocultistas do Sagrado que o chacra cardíaco, de cor dourada, é o ponto focal da Chama Trina e, especificamente, do Eu Superior (mas se disserem que é o coronário, então também este tem 12 raios dourados no centro), naturalmente também esse Eu Maior a tem como tónica cromática fundamental e não propriamente o rosa, como expressão de colorido básico.
8.º ) Mesmo as palhinhas da manjedoura, do Menino Jesus, configurando uma aura dourada (como a dos santos) não nos falarão, inequivocamente, da Luz do Espírito Santo (Eu Superior), que no Presépio estava manifestado em muitos simbolismos?... Aliás, a estrela dourada do Natal sempre representou, tipicamente, o Eu Superior e também o Mestre ou Adepto (da 5.ª Iniciação).
9.º ) O dourado sempre foi a cor básica da Sabedoria dos Mistérios da Iniciação, dos Livros Sagrados, da aura dos Sábios do Espírito: ainda mais expansiva nos coloridos de ouro do que a dos Santos, porque os verdadeiros Sábios − Mestres − também são Santos e Místicos. A palavra «aura» (energia radiante da alma) e «áurea» (de ouro) têm origem comum do latim. E a Luz áurica é manifestação do Eu Superior.
No tópico número 22 deste blogue, 22: A Nova Mentalidade Mundial, afirmámos o seguinte, acerca dos 7 Raios cósmicos, que deve ser bem memorizado, porquanto essas Forças cósmicas estão em estreita e permanente interacção dinâmica com os 7 Princípios do Homem tal como com os 7 Planos Cósmicos, numa relação-dependência inextricavelmente indissolúvel de interinfluências electromagnéticas e evolutivas, preponderando a influência de um Raio ou de outro conforme o Ciclo da evolução de um astro ou de uma Humanidade  planetária, estelar ou sistémica mais alargada:
3.º PRINCÍPIO METAFÍSICO:
O mistério ontológico do cosmos do Ser humano e os 7 Raios Cósmicos:
O Homem, manifestação de Deus sobre a Terra, é uma Trindade constituída por corpo, alma e Espírito, que o corporificam em 3 níveis distintos: físico, astro-mental e espiritual, falando genericamente, pois na realidade mais intrínseca, o ser humano é septenário: com 7 Princípios ou corpos manifestados em 7 Mundos, em simultâneo, que são Dimensões vibratórias da Natureza, que existem nos Campos electromagnéticos das Forças cósmicas. Esses Princípios estão em estreita correspondência dinâmica e evolutiva com os 7 Raios Cósmicos, que são forças criativas e omnipresentes emanadas septenariamente, de modo cíclico, da Essência Una do Ser Divino, pelas quais todos os Seres e todas as coisas da Criação ou Natureza foram criados, a partir de 3 originais, correspondentes às 3 cores básicas do arco-íris (vermelho magenta, azul ciano e amarelo dourado), donde derivam as 7. Os 7 Raios são:
1.º ) RAIO − POLÍTICA: Poder − Vontade ou Pai (Verbo) − Corpo Espiritual ou Átmico.
2.º ) RAIO − RELIGIÃO: Amor − Intuição ou Filho (Cristo) − Corpo Intuicional ou Búdico.
3.º ) RAIO − FILOSOFIA: Sabedoria − Razão ou Espírito Santo (Logos) − Corpo Racional ou Causal.
4.º ) RAIO − ARTE: Beleza − Bioplasma ou Zooéter (Vitalidade) − Corpo Etérico ou Vital.
5.º ) RAIO − CIÊNCIA: Conhecimento − Intelecto ou ego (Lúcifer) − Corpo Intelectual ou Noético.
6.º ) RAIO − MISTICISMO: Devoção − Instinto ou Besta (Satanás) − Corpo Astral ou Psíquico.
7.º ) RAIO − MAGIA: Ritual − Corpo ou Organismo (Hilossoma) − Corpo Somático ou Biológico.
P a z   P r o f u n d a ! . . .
Prof. M.M.M.Astrophyl


MENSAGEM DE SABEDORIA PARA TODOS:
"Decifra-me ou devoro-te!" − Alertava a inscrição da Esfinge do antigo Egipto aos ousados Iniciados nos Mistérios sagrados dos sacerdotes Hierofantes. Se não aprendermos a nos decifrarmos a nós mesmos, verdadeiramente, com a Sabedoria real do Auto-conhecimento, o materialismo, com as suas ilusões e corrupções sensuais, conflituosas e belicistas, devora-nos... a vida, a saúde e a alma − Dizemos nós, segundo a Sabedoria iniciática.
Não tenhas ilusões: Sem compreenderes o Homem, na sua essência interior, andas mais ou menos à deriva, na vida. Sem saberes quem és, na tua Realidade interna profunda, para te melhorares, purificares e iluminares, nem apenas Jesus, Cristo ou Maria te podem salvar, só por si, a não ser que te salves a ti mesmo/a também (com a ajuda deles, claro, e de todos os grandes Mestres da Sabedoria e do Amor) através desta Trilogia da Verdade sagrada, imortal e eterna, a Via da Salvação e da Libertação:

1.º ) FÉ VIVA E MÍSTICA, NAS PRECES DOS CORAÇÕES EM ARDOR.
2.º ) AMOR UNIVERSAL E INCONDICIONAL DO CORAÇÃO EM FLOR.
3.º ) SABEDORIA CÓSMICA, METAFÍSICA E ESPIRITUAL DO CRIADOR.

Gnothi se auton!”, "Gnosce te ipsum!", «Conhece-te a ti mesmo!»...
Na antiga Grécia, o templo de Delfos, escola de Mistérios do Esoterismo helénico, órficos e herméticos, tinha na fachada, frontaria ou frontispício do edifício o seguinte letreiro que convidava o Homem a ser realmente Sábio: “Gnothi se auton!”.
Sócrates (discípulo de Pitágoras e mestre de Platão), baseado nesse aforismo iniciático da Sabedoria Antiga, parafraseou-o, afirmando: «Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo inteiro e os Deuses!».
Esse Auto-conhecimento, que implica, também, de modo real e necessário, o Conhecimento não só do Homem interior, da alma humana e da Consciência do Espírito como o da Vida além da morte, era o factor fundamental, a pedra basilar e a chave-mestra de toda a verdadeira Sabedoria arcana (secreta, dos Mistérios) da Antiguidade, tal como o é da verdadeira Sabedoria da actualidade.
Por conseguinte, na procura e na vivência desse Auto-conhecimento, através da Prece, também, decidimos escrever as Invocações Aquarianas que apresentamos no tópico N.º 35. Consideramo-las de extrema importância, poder e valor, para quem as praticar regularmente, sentindo-as no seu coração sincero e humilde, para o Reencontro místico muito mais fácil com Deus.

P a z   P r o f u n d a ! . . .


P. A. I. − Paz, Amor, Iluminação!...
Prof. M.M.M.Astrophyl

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